No Dia Internacional da Democracia, Ban Ki-moon, secretário-geral da ONU destaca poder da mobilização.
"Os países não se tornam aptos para a democracia; eles se tornam aptos pela democracia", destacou Ban Ki-moon/Foto: Jenny Rockett/UM
Este ano tem sido notável na história da democracia. Milhões de pessoas participaram dos eventos dramáticos no Oriente Médio, no Norte da África e além, e muitas outras acompanharam com intenso interesse os acontecimentos. Estes fatos confirmaram que a democracia é um modelo universal ansiado por todos os povos e alheio a nenhuma cultura. Este ano também serve como um lembrete de que a democracia não pode ser exportada ou imposta de fora; ela deve ser gerada pela vontade das pessoas e alimentada por uma sociedade civil forte e ativa.
O mundo viu a verdade do ditado de que os países não se tornam aptos para a democracia; eles se tornam aptos pela democracia. Jovens, acima de tudo, trouxeram esta mensagem para casa. Eles defenderam o ideal democrático e agora enfrentam os desafios de trabalhar para implementar o potencial das transições em andamento que eles ajudaram a estabelecer.
As mesmas verdades são confirmadas por outro marco deste ano – o 20° aniversário da grande transformação da Europa Oriental. Muitos países da região ainda estão nas etapas iniciais de sua passagem democrática. Eles sabem o trabalho árduo envolvido na construção do Estado de Direito, na promoção da transparência e da responsabilização, e na revisão dos sistemas políticos e econômicos. Eles conhecem os contratempos que podem desapontar as expectativas, e a paixão necessária para continuar seguindo em frente. Suas experiências oferecem importantes lições.
As Nações Unidas estão lá para apoiar estes esforços. Elas fazem mais do que qualquer outra organização para desenvolver e fortalecer as instituições e práticas democráticas em todo o mundo. A ONU apoia eleições livres e justas, incentiva a participação popular pela sociedade civil e estimula o diálogo quando as partes estão em um impasse após uma votação disputada.
Ela faz mediação em situações políticas frágeis para prevenir o conflito e fomenta instituições de segurança responsáveis depois que um conflito termina. Ela emprega especialistas para ajudar a fortalecer o Estado de Direito, a desenvolver estruturas multipartidárias e construir uma administração pública efetiva e responsável, instituições de ouvidoria, agências anticorrupção e órgãos de igualdade de gênero.
Em todos estes esforços, a ONU não procura exportar ou promover qualquer modelo nacional ou regional em particular. Ela trabalha sob o entendimento de que o ideal democrático é enraizado em filosofias e tradições de todas as partes do mundo; que a governança democrática efetiva aumenta a qualidade de vida para homens e mulheres em todo lugar; e que a democracia oferece os fundamentos para a paz, a segurança e o desenvolvimento duradouros.
Neste Dia Internacional da Democracia, vamos redobrar nossos esforços para apoiar todas as pessoas, especialmente os jovens – os condutores dos acontecimentos importantes deste ano – para fazer da democracia uma realidade em curso. Este Dia pertence a eles. Vamos honrar seus compromissos com uma jornada permanente na democracia.
Esta matéria foi publicada originalmente no Portal EcoD.
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