quarta-feira, abril 30

Virada! ²

Ei gaalera...
Hoje vou postar sobre nosso fim de semana aqui.

Alguem da turma conseguiu, literalmente, Virar? Bem....nosso amigo André liderou, sem dormir nem um pouquinho!
Logo em seguida eu e a Minni...que tivemos que dormir algumas horas!
Depois o Bibo,que dormiu a mais...[ele tinha seus motivos, estava gripado]
e em último lugar, desclassificado para próximas Viradas: Vinicius, o mancão!
que nem compareceu...tsc,tsc [ele envergonha a Moc Meimei]

Bem, essa virada foi muuuuito gostosa, deu pra curtir as mais variadas expressões artísticas e ver um pouco dessa diversidade de gostos e estilos que só São Paulo tem!

Saindo da Pensão Foz as 6 e meia, passamos pelo Sesc Consolação onde teria o Matsuri-Carnaval Japones (ainda não tinha começado, mas deu pra ver a decoração que ficou bem legal...)
Logo mais passamos pelo palco de teatro na Ladeira da Memória e uma apresentação do Teatro da Vertigem no Shopping Light.
No Viaduto do Chá estava acontecendo a 1ª Exposição de Estátuas Vivas de São Paulo, engraçadissíma por sinal! Também vimos um cara bem insano "andando" de bike beeeeeem acima do chão...
Passamos pelo Largo do Paissandu onde fizeram uma roda de capoeira que durou as 24 horas da virada, para homenagear os mestres da velha guarda da capoeira.

Agora, particularmente, o ponto alto da Virada foi o grupo francês de intervenção de rua Générik Vapeur, que apresentou o espetáculo Bivouac, que foi criado como crítica social voltada à queda do Muro de Berlim. Homens e mulheres pintados de azul iniciaram o show em frente a Galeria Olindo ou melhor, em cima. Parte do grupo desceu escalando o edifício, trazendo com eles tambores de lixo e fogos de artifício. Num percurso de 60 minutos, eles saíram da Galeria Olindo, passaram pela Praça da República, ruas do Ipiranga e Sete de Abril e terminaram na Praça do Patriarca. Um caminhão-trio levava a banda que acompanhava o grupo ao som de rock e rolou até o clássico “toca Raul!” com “Sociedade Alternativa”.


Depois dessa correria, resolvemos descansar na Praça D. José Gaspar onde ocorreu o projeto Piano na Praça durante as 24 horas. Descansados, tentamos assistir o show do Zé Ramalho, tentamos....mas estava muito lotado...uma pena.
Então fomos para o Palco de Dança no Vale do Anhangabaú e assistimos a apresentação do Distrito Cia. De Dança... A galera com muito sono resolveu dar uma descansada na Pensão Foz, o Bibo ficou por lá mesmo porque a gripe não permitiu mais nada. Mas os sobreviventes ainda tiveram força pra assistir o show do Falamansa no Baile das Bambas. Depois disso...ninguém tinha mais forças e fomos dormir um pouco. No entanto, Dr. André firme e forte ainda teve forças pra assistir ao show do Teatro Mágico lotadasso...ás 9 da manhã.

Na tarde de domingo ainda fomos ver um pouco de Arnaldo Antunes no Palco de Rock na Praça da República, a Orquestra Imperial do Rio no Palco São João e a apresentação do grupo Studio 3 Cia. De Dança no Vale do Anhagabaú.

Agora, pra encerrar com chave de ouro a Virada Cultural, fomos no show da Fernanda Takai...todo com repertório de Nara Leão! Perfeito, falae?



Bom, foi isso
Espero que ano que vem a Mocidade Meimei esteja em peso aqui pra representar ainda mais!
Um beijo e bom feriado.

domingo, abril 20

Virada!


E Sampa se prepara para mais uma edição da Virada Cultural. Neste ano, o evento está programado para os dias 26 e 27 de abril, das 18h às 18h. Inspirada em eventos europeus, como a Nuit blanche (noite branca) parisiense, a Virada Cultural conquistou, a cada edição, características tipicamente paulistanas.


O evento conta com apresentações de diversas vertentes e estilos culturais e artísticos, valorizando, sobretudo, o percurso pelo diverso, o andar despretensioso pelas ruas ocupadas pelo inusitado, possibilitando a integração e a convivência harmoniosa entre os cidadãos.

Entre as ruas e avenidas surgirão artistas circenses, espetáculos de rua, instalações e experiências visuais, compondo o grande mosaico de expressões que integram a proposta de maratona cultural, em todos os espaços madrugada adentro, de acordo com a vocação paulistana para a vida ininterrupta e movimentada em todos os horários.

A combinação de estilos variados e vertentes musicais e artísticas distintas proporciona o contato com novas expressões artísticas e amplia o repertório cultural de quem prestigia o evento. Com a presença de milhares de pessoas, a Virada Cultural agrega valores como cidadania e respeito à coletividade.

Confira a programação completa: http://viradacultural.org/

VAMO AÊ?


quarta-feira, abril 9

.Mórulando.

Hey! Não aguentei ficar muito tempo sem postar....

Bom....ontem participei de uma mesa-redonda que o DACAD (Diretório Academico de Comunicação, Arte e Design) organizou lá no Senac! O tema escolhido foi a relevância da arte brasileira no mercado mundial e fizeram parte da mesa: Professor Ernesto Boccara, docente da pós em Moda, Cultura e Arte; Marcelo Araújo, diretor da Pinacoteca do Estado e Leda Catunda, artista plástica.

O debate foi bem interessante....mas o que gostei mesmo foi de conhecer um pouco sobre a obra de Leda Catunda!

Formada na Faculdade Armando Alvares Penteado (FAAP) em 1984, a artista Leda Catunda foi uma das artistas da Geração 80 que apoiou o ressurgimento da pintura em renovação às tendências conceituais de 70. A artista investe na pintura como um meio ainda capaz de significar algo. Sua investigação no campo pictórico foca os limites entre a pintura e objeto. Ela chama atenção para textura e superfície dos materiais industrializados, tendo como acabamento o emprego de técnicas artesanais - como a costura - para adquirir originalidade, particularidade e identidade.

Durante os anos 80, há em seu trabalho um lado descritivo e caricatural exarcebado de imagens. Aplicando tinta sobre acessórios industrializados como lençóis, toalhas, cobertores, colchões e outros, a pintura de Catunda se torna objetual. Seu método implica em retirar imagens/objetos do cotidiano, eliminar alguns detalhes e acrescentar outros com certa dose de humor, para assim gerar novas e impactantes imagens originadas no universo do cotidiano da artista.

A partir da década de 90, prefere se ater a figuras geométricas e eliminar narrativas. Sua produção contém uma maior maleabilidade de materiais por meio de peças esvoaçantes e leves que fazem referência aos elementos da natureza como água, gotas, rios e insetos.

A produção de Catunda, portanto, critica a banalização das imagens em nossa sociedade, ao passo em que espera um estímulo provocativo no olhar do espectador. Além disso, seu trabalho desperta curiosidade e desejo de tocar nas obras para sentir as varias combinações de texturas utilizadas. A artista demonstra que a pintura busca inovar nas artes plásticas, à medida que, se revela um instrumento eficaz de indagação sobre a forma e sobre a percepção do mundo.

Achei muito interessante todo seu trabalho...pois a artista se apropria de tecidos e cria obras que sugerem formas e texturas! Ao invés de pintar...Catunda costura....fazendo com que seu trabalho tenha, indiretamente, uma forte ligação com a moda!


Beijos
[ahhh...e o nome de post é em homenagem a série de trabalhos da Leda que mais gostei: as Mórulas!]

terça-feira, abril 8

...Pablo...

Beeem, hoje faz 35 anos que um dos maiores mestres da arte do século XX morreu! Então....resolvi fazer um post falando um pouco sobre esse grande artista....um dos meus preferidos por sinal...
[Quando era criança tinha 3 livros sobre a vida dele que lia e relia quase todos os dias....não era uma criança muito normal, eu sei!]

Pablo Ruiz Picasso (1881-1973) é considerado um dos artistas mais versáteis de todo o mundo, tendo criado milhares de trabalhos, não somente pinturas, mas também esculturas e cerâmica, usando todos os tipos de materiais. Uma das suas obras mais conhecidas é o mural Guernica, que retrata de maneira muito peculiar a cidade basca de Guernica, após bombardeio pelos aviões da Luftwaffe de Adolf Hitler. Esta grande tela encorpora para muitos a desumanidade, brutalidade e desesperança da guerra.
Diz-se que levou toda a sua vida a saber pintar como uma criança.

A criança expressa-se pela necessidade que tem de se expressar e pelo prazer que isso lhe dá; tal como respira porque tem necessidade, sem que alguém se preocupe em fazer qualquer juízo sobre isso.


Falando nisso...



Sábado assisti um filme maravilhoso...em que Picasso é representado como "inimigo"(não seria essa a palavra) de Modigliani!

"Modigliani: Paixão Pela Vida" é um dos melhores filmes que já assisti....


Onde Andy Garcia personifica o doce e boêmio pintor italiano Amedeo Modigliani, quando este habitava numa espelunca em Paris. Seus casos, seus quadros, suas brigas com Picasso. Tudo retratado com muita poesia. Com muita singeleza e autenticidade. Dá vontade mesmo de subir nas mesas e declamar poemas quando termina.

Amedeo Mogigliani foi um dos principais integrantes da Escola de Paris, que marcou a pintura da primeira metade do século XX com suas figuras alongadas, que se destacam pelo despojamento e pela estilização. O filme em questão trata dos últimos anos de sua vida, apaixonado pela arte de viver. O filme todo é uma mescla de alegrias e angústias, expectativas e frustrações. Emoções à flor da pele.


A biografia foca nos últimos anos da vida de Modigliani, mostrando seu vício pela bebida, suas lembranças da infância discriminada por ser judeu, sua participação em um concurso local, onde consegue ganhar de Pablo Picasso, a relação com os amigos - principalmente a relação intrigante de amor e ódio que ele desenvolve com Picasso, o drama da conquista da guarda de sua filha, enfim, seus altos e baixos.


É um filme apaixonante e leve! Mostra a época em que Modigliani vivia, dando espaço a outros personagens, mas sem sair um minuto do seu foco inicial. Picasso, interpretado por Omid Djalili, está tão fidedigno que dá nojo! E mesmo sendo Picasso, não rouba a cena do belíssimo Modigliani !


O diretor usou um jogo de iluminação muito interessante no filme, como se certas cenas do filme fossem verdadeiros quadros de arte. Uma iluminação de penumbra às vezes, de luz intensa em outras, mas como já falei, tudo muito bem dosado, ao ponto que nem se percebe conscientemente todas essas variantes. Há instantes em que se sente a tinta da tela nos próprios dedos, de tão simples e transparente que é mostrado o envolvimento da arte com as pessoas naquele espaço de tempo. De forma despretensiosa, esta é uma biografia que não procura aumentar ou diminuir, mas apenas deixar fluir a emoção da arte de Modigliani. ADOREI!


=*

quinta-feira, abril 3

Arthur Bispo do Rosário....um universo a parte!

Artur Bispo do Rosário era, dentre outras coisas, um bordador de obras primas. Passou mais da metade de sua vida trancafiado na Colônia Juliano Moreira para doentes mentais, mumificando seus objetos pessoais: escovas de dente, talheres, tesouras, etc. Era um artista obcecado por jogo de xadrez, misses e geografia; um artista que, com sua sede de registros, extrapolou as dimensões da pintura e criou fantásticas vitrines com copos de alumínio, pentes de plásticos e objetos variados.

Nasceu em 16 de Março de 1911, na cidade de Japaratuba, interior do Estado de Sergipe. Viveu muito a vida antes de ingressar na Colônia Juliano Moreira, foi marinheiro, viajou muito, viu muitas cores, formas, seqüências, classificações e ordenações de fatos e coisas referentes ao seu universo normativo e cumulativo, mais tarde refletido em seu trabalho plástico.

Sua produção teve início em 1939 e se encerrou 50 anos depois com seu falecimento de infarto do miocárdio. De acordo com seu surto recebeu a missão de recriar o mundo para ser apresentado a Deus no dia do Juízo Final.

Bispo começa a expressar-se desmanchando os uniformes (uni-formes, uma só forma de enquadrar os diferentes) dos internos e isolando os fios azuis - nostalgia do azul do mar de um marinheiro náufrago - e bordá-los em seguida nos lençóis para fazer deles os seus estandartes, princípio sinalizador de suas ocupações em instalações que trafegam entre os limites do espaço físico e do imaginário de seu espaço psicológico.Materiais estridentes em suas cores e texturas, interagindo no espaço com o uso de uma dobradura, um bordado, um entrelaçamento, uma forma disforme de transformar a proposta.

A linguagem utilizada por Bispo do Rosário, além de abranger conteúdos plásticos, se mostra nas posturas do artista. “De que cor você vê a minha aura? ” Essa pergunta não foi escrita por Bispo em nenhum de seus trabalhos, ela representa uma postura artística. Para alguém entrar no quarto de Bispo e conhecer seu trabalho, antes era preciso responder a pergunta feita por ele que funcionava como um código de acesso. Esta não é apenas uma pergunta cuja reposta depende da percepção de quem a responderá, ela traduz a natureza misteriosa que envolve Bispo.

A análise de sua produção traz o que sempre esteve ausente do circuito artístico brasileiro: a arte sem nenhuma condescendência do povo, distante do artesanato e rigorosamente afim do circuito restrito dos criadores. Bispo é dos que nunca vão à museus, galerias, bienais, semelhante à maioria da população do país. Ele sai do suporte convencional e procura criar o espaço, a procura de material para fazer a obra. Sapatos, congas, havaianas, sandálias de borracha, chinelos, classificados em fileiras, denotam a acumulação, confessam o poder aquisitivo mínimo.

É preciso observar que Bispo, sendo interno, estava alienado do mundo e por isso a sua originalidade é incontestável. Quando, em vida, quiseram expor os seus trabalhos, ele foi enfático: "Não faço isto para os homens, mas para Deus".

*Manto da Apresentação, que Bispo deveria vestir no dia do Juízo Final.

"Os doentes mentais são como os beija-flores. Nunca pousam. Estão sempre a dois metros do chão" Bispo do Rosário

Live Paiting

Sempre digo, que a criativadade é um dom, a arte está aê para todos, porém só quem tem sensibilidade, criatividade, e muita idéia na cabeça é que se destaca dos demais artistas. O Grupo Rinpa Eshidan tem criatividade de sobra.

E no meu projeto desse semestre utilizarei os trabalhos realizados pelo Grupo como referências para a estamparia de peças de banho (toalhas de banho e roupões)!!! =D


Rinpa Eshidan é um grupo de artistas que se uniu para expressar toda essa criatividade através do Live Paiting. Liderado por Noiz-Daví (Yoshiaki Kusunoki) e Daisuke Yamamoto, suas principais atividades são eventos ao ar livre e a criação de videos de arte, focando o processo de criação coletivo de uma obra de arte.

*Rinpa significa “reunir pessoas” e Eschidan “art crew”.

Bom, tah ae uma performance realizada pelo grupo:




Site:
http://rinpaeshidan.jp/
http://www.youtube.com/profile?user=RinpaEshidan