terça-feira, março 27

Artista Mundano lança projeto Pimp My Carroça em plataforma de financiamento coletivo!

Hoje entrou no Catarse o novo projeto do artista Mundano! Pimp My Carroça é uma ação que pretende equipar e grafitar mais de 50 carroças em toda São Paulo, além de fazer um check upmédico com todos os trabalhadores que forem selecionados para ter seus carros “tunados”. Depois de cinco anos de trabalho pelas ruas de São Paulo, o grafiteiro Mundano está ganhando apoio da sociedade e seus projetos têm conseguido atingir cada vez mais pessoas, realizando uma verdadeira mudança social.
O Pimp My Carroça será realizado durante a Virada Sustentável e está participando da plataforma de financiamento coletivo Catarse. Portanto, para que o sonho dos mais de 50 catadores se realize, é preciso apoiar o projeto, seja financeiramente, seja compartilhando, seja atuando pessoalmente no dia da atividade. Entra lá no site e deixe sua colaboração, é rapidinho.
“Fico imaginando a carroceata com centenas de catadores sorridentes, com o tanque cheio de combustível, saúde em dia e com suas carroças totalmente pimpadas com itens de segurança e com arte de qualidade. Mas meu sonho mesmo é que o PIMP MY CARROÇA seja um marco histórico que servirá para questionar e mudar o descaso da sociedade em relação aos catadores e o destino de incontáveis toneladas de materiais recicláveis que desperdiçamos diariamente” - Mundano
É claro que a atuação do Mundano não para por ai. O artista está promovendo uma oficina de grafite no Beco do Aprendiz, onde pretende ensinar técnicas de arte urbana como stickers, lambe lambe, pixação etc. São 15 vagas para jovens a partir de 14 anos, ao final do curso os alunos irão pintar dois muros do beco. As inscrições vão até o dia 31 de março! As aulas serão no dias 11, 18 e 25 de abril e 09, 16 e 23 de maio das 14h às 16h. Para se inscrever envie email para arranjosculturais@gmail.com ou pelo telefone (11) 3812-7842.
E para saber mais sobre o trabalho feito pelo Mundano durante esses cinco anos de atividade:

via AtitudeEco!

segunda-feira, março 19

Artesão, parabéns pelo seu dia!



Dia 19 de março, Dia de São José, padroeiro dos marceneiros, carpinteiros e também dos artesãos. 

Desde que o homem se socializou, a necessidade de organizar sua vida o levou de uma forma instintiva, a desenvolver habilidades manuais. Assim, por necessidade, o homem aprendeu a modelar o barro, esculpir pedras e madeiras e forjar o ferro.
Mas o homem tem o sopro divino, foi feito à imagem e semelhança de Deus e sua sensibilidade o fez usar de todas esses talentos para criar o belo. Já sabia criar conforto para a família, mas tinha necessidade de alimentar a alma. E o mesmo barro que modelava panelas e pratos, a madeira das estruturas e o ferro das ferramentas começaram a dar forma à esculturas e objetos. 

Desejo um dia iluminado para todos aqueles que usam suas mãos e seu coração para fazer um mundo mais belo e encantado!

sábado, março 17

quinta-feira, março 15

Carne vermelha é mais letal do que se pensava

Já se sabia que as carnes vermelhas deviam ser consumidas moderadamente, mas um amplo estudo da Harvard School of Public Health agora divulgado acentua essa ideia, concluindo que mesmo quando comida em quantidades reduzidas, em apenas uma refeição diária, aumenta significativamente os riscos de doenças cardiovasculares e câncer.
Pequenas quantidades de carne processada como bacon, salsichas ou salame aumentam em um quinto as probabilidades de morte precoce, no caso de bifes o risco aumenta em 12%, referem as conclusões do estudo da universidade norte-americana divulgado agora nos Archives of Internal Medicine , publicação bi-mensal da American Medical Association.
"Tendo em conta o aumento das evidências de que mesmo quantidades moderadas de carne vermelha são associadas ao aumento do risco de doenças crônicas e mortes prematuras, (a dose recomendada) de 70 gramas por dia parece ser generosa. O ponto a reter é que deveríamos comer carnes vermelhas apenas ocasionalmente e não como parte da nossa dieta regular", afirmou Frank Hu, um dos co-autores do estudo.
As conclusões são baseadas nos dados recolhidos ao longo de 28 anos num grupo de cerca de 38 mil homens e 84 mil mulheres.
Os investigadores recomendam que as carnes vermelhas sejam substituídas por outras fontes de proteínas como peixes, aves domésticas, nozes e legumes.

Bom, não é para menos... já que a forma como essa carne chega até nós não é nada interessante...

segunda-feira, março 12

J. Borges - O Rei do Cordel

Nascido na cidade de Bezerros José Francisco Borges, cordelista e xilogravurista brasileiro, que aos 29 anos decidiu que iria escrever Cordel. Sem dinheiro para pagar um ilustrador, resolveu que ele mesmo iria entalhar nas madeiras e até hoje é conhecido pelos seus cordéis e suas xilogravuras. Esse gênio da arte popular já expôs na Venezuela, Alemanha, Suíça, México e Estados Unidos onde foi tema de uma reportagem para o The New York Times.

A semana que não terminou

O mês passado foi marcado pelo aniversário de 90 anos da Semana de 22, realizada entre os dias 13 e 17 de fevereiro de 1922 no Theatro Municipal de São Paulo e que marcou a história da cultura brasileira. A idéia da Semana de Arte Moderna era instaurar-se como marco simbólico de transformação e ruptura. Naquela semana o saguão do Theatro Municipal de São Paulo abrigou um conjunto amplo de obras – pinturas, esculturas, projetos arquitetônicos – consideradas ousadas o suficiente para receberem o título de “modernistas”. O intuito era demonstrar a existência de um amplo movimento de contestação às normas de modelos importados e transmitidos artificialmente por meio de uma esterilização acadêmica. A proposta do movimento era produzir uma arte nitidamente brasileira, sem complexos de inferioridade à arte produzida na Europa.
As gerações seguintes à Semana de 22 foram agregando valores às fases do modernismo e contribuindo para consolidar uma gama de análises estéticas e culturais no País, dando continuidade a este pensamento modernista, e seus desdobramentos afetam a cultura brasileira até hoje. Um grande exemplo é a poesia construtivista de João Cabral de Melo Neto e o Movimento Armorial, este último encabeçado pelo escritor Ariano Suassuna, que orienta todas as expressões artísticas – música, dança, literatura, artes plásticas, teatro, cinema, arquitetura – a criar uma arte erudita, porém popular; A melodia de Heitor Villa-Lobos que destaca-se por ter sido o principal responsável pela descoberta de uma linguagem peculiarmente brasileira em música, compondo obras que enaltecem o espírito nacionalista, ao qual incorpora elementos das canções folclóricas, populares e indígenas; O movimento Tropicalista, com Hélio Oiticica na artes plásticas e Caetano Veloso, Gilverto Gil, Tom Zé e Os Mutantes na música também trouxe uma nova atitude, um novo modo de olhar para nossa cultura, com um sentimento de pluralidade e democracia.
Assim como tantos outros artistas em diversas frentes como: A Literatura de Cordel de Patativa do Assaré; a literatura de Guimarães Rosa, Mário Quintana e da mulher roceira Cora Coralina; a música do Cordel do Fogo Encantado, de Zeca Baleiro, de Maria Bethânia, de Clara Nunes, de Elis Regina; o Movimento Mangue Beach de Chico Science; as obras de Arthur Bispo do Rosário e as criações de Ronaldo Fraga demonstram a importância e os desdobramentos da Semana de Arte de 22. É que o evento, considerado um divisor de águas nas artes do País, mudou para sempre a forma do País se ver.

Dica: Livro "1922 - A Semana que Não Terminou" (Companhia das Letras), de Marcos Augusto Gonçalves.

Se queres ser universal, começa por pintar a tua aldeia.
 Liev Tolstoi


       E falando em artistas que de dedicaram a representar a cultura brasileira... desde fevereiro está sendo exibido pela primeira vez em São Paulo os painéis Guerra e Paz de Cândido Portinari (1903-1962).  

Encomendados pelo governo brasileiro para presentear a sede das Organizações das Nações Unidas (ONU), em Nova York, os painéis estavam localizados no hall de entrada da Assembleia Geral e eram de acesso restrito aos delegados das nações. Nem mesmo durante as visitas guiadas à ONU as obras podiam ser vistas pelo público, por razões de segurança. Com a realização de uma grande reforma no edifício-sede da ONU entre 2010 e 2013, o Projeto Portinari, que cuida do legado do artista, conseguiu a guarda dos painéis para restaurá-los e promover sua exposição no Brasil e no exterior nesse período.

Para marcar o retorno dos painéis ao país, as obras foram reapresentadas no Theatro Municipal do Rio de Janeiro em dezembro de 2010, 54 anos depois da primeira e única vez que o público brasileiro e o próprio Portinari tiveram a oportunidade de vê-las antes de serem embarcadas para os Estados Unidos. Na época, os Estados Unidos não permitiram a ida de Portinari para a inauguração dos murais devido às ligações do artista com o Partido Comunista.

“Trata-se de uma exposição histórica, sem precedentes, oportunidade única de ver Guerra e Paz no Brasil reunidos aos estudos, no Memorial da América Latina, em São Paulo. Nem o próprio pintor teve a chance de ver todo este material em seu conjunto", afirma João Candido Portinari, filho do pintor, fundador e diretor geral do Projeto Portinari.

Guerra e Paz são a síntese de uma vida inteira comprometida com o ser humano. Sua pintura, como sua militância política, levantou-se contra as injustiças, a violência e as misérias do mundo. Os murais medem, cada um, 14 metros de altura e 10 metros de largura e são compostos, ao todo, por 28 placas de madeira compensada naval, com 2,2 metros de altura por 5 metros de largura, que pesam 75 quilos cada uma. A área total pintada, uma superfície de 280 metros quadrados, é maior do que a do Juízo Final, de Michelangelo, na Capela Sistina, na Itália.

Pintados entre 1952 e 1956, os murais representam a derradeira obra de Portinari. Intoxicado pelo chumbo das tintas que utilizava e impedido de pintar pelos médicos que o acompanhavam, o artista aceitou o convite do governo brasileiro para criar Guerra e Paz e, depois disso, adoeceu, falecendo em 6 de fevereiro de 1962 – há exatos 50 anos.

Exposição

 

A exposição ocupa três espaços do Memorial da América Latina. Os painéis estão expostos no Salão de Atos Tiradentes, em uma cenografia que lembra uma catedral, e poderão ser vistos pelo público em grupo de até 150 pessoas, devido à limitação do espaço. Uma apresentação audiovisual de cerca de nove minutos é projetada sobre uma tela também de dimensões monumentais, entre os painéis, a cada hora.

Já na Galeria Marta Traba, também no Memorial, estão reunidos cerca de 100 dos 180 estudos originais preparatórios para Guerra e Paz catalogados pelo Projeto Portinari, junto a documentos históricos como cartas, depoimentos e fotos que contam, em detalhes, toda a trajetória de criação dos murais. Obras de coleções internacionais vindas de Londres e Milão, como Feras, do Museo del Novecento de Milão, e Mulher Ajoelhada, proveniente de uma coleção particular, também integram esta sessão da exposição.

Completa a mostra a Biblioteca Victor Civita, localizada na Biblioteca Latino-Americana, que apresenta em formato digital a obra completa de Portinari por ordem cronológica. Pertencente ao Projeto Portinari, o acervo é resultado do levantamento e catalogação de quase cinco mil obras e, aproximadamente, 30 mil documentos relacionados às obras, vida e época do pintor, nascido em Brodowski, no interior de São Paulo.


Após a passagem por São Paulo, as obras deverão seguir para outras capitais e países, como Japão e Oslo, na Noruega, onde deverão ser expostas em dezembro por ocasião da entrega do prêmio Nobel da Paz, seguindo uma itinerância nacional e internacional que está sendo planejada até seu retorno à ONU, em 2013.


Exposição Guerra e Paz, de Portinari
De 7 de fevereiro a 21 de abril, terça a domingo, das 9h às 18h
Entrada franca
Memorial da América Latina
Av. Auro Soares de Moura Andrade, nº 664
Agendamento educativo: educativo@portinari.org.br
Mais informações: www.memorial.sp.gov.br.




domingo, março 11

Seminário do Artesão


Em comemoração ao Dia do Artesão (19/03) a SUTACO (Superintendência do Trabalho Artesanal nas Comunidades) realizará no dia 16/03(sexta-feira) um seminário com palestras e oficinas relacionadas aos serviços prestados pelo órgão. Veja abaixo a programação completa:

Horário
Programação
8h30
Café de Boas Vindas
9h
Vídeo Artesanato de Raíz
9h10
Palestra SUTACO
9h30
Palestra PAB
9h40
Palestra ITCP-FGV
10h
Palestra Artesol
10h15
Vídeo Artesanato de Reaproveitamento
10h20
Palestra Reserva Biosfera da Mata Atlântica
10h40
Palestra Economia Solidária
11h
Café
11h30
Vídeo Artesanato e Design
11h35
Palestra Explicativa MEI
11h50
Palestra Explicativa Exportação
12h05
Palestra Previdência Social
12h20
Palestra Certificados e Etiquetas
12h35
Apresentação São Paulo Feita à Mão
13h
Intervalo
14h
Oficina de Web e Redes Sociais
17h
Apresentação Redes de Comércio Virtual
18h
Encerramento


A Sutaco tem como objetivos aumentar a geração de renda para os artesãos por meio de capacitação, orientação, apoio jurídico e contábil, divulgação e comercialização de seus produtos e a preservação e propagação do artesanato paulista em  seus aspectos históricos, sociais e culturais. Tem a missão de oferecer aos artesãos a possibilidade de autonomia e desenvolvimento pessoal em amplo sentido, bem como promover o desenvolvimento local de modo socialmente justo e ambientalmente responsável.

Data: 16/03/2012
Horário: das 8h30 às 18h
Local: Rua Boa Vista, 170 - Centro - São Paulo (Próximo à estação São Bento do Metrô)

quinta-feira, março 8

Mechanical Dolls







  




(clique nas imagens para ampliar)


Audrey Marnay e Kirsi Pyrhonen em “Mechanical Dolls” fotografadas por Tim Walker para Vogue Italia de outubro de 2011.

amor tece dores

Pelo jeito o amor anda tecendo dores em todos os lugares. Ou amortecendo dores talvez... ou tecendo amores...


via Don't touch my moleskine.
Trabalho de Aprígio e Frederico Fonseca!
Mais imagens em > http://www.aprigioefrederico.com.br/falacao.html

terça-feira, março 6

caso de poesia

“Paulo tinha fama de mentiroso. Um dia chegou em
casa dizendo que vira no campo dois dragões da independência
cuspindo fogo e lendo fotonovelas.
A mãe botou-o de castigo, mas na semana seguinte
ele veio contando que caíra no pátio da escola um
pedaço de lua, todo cheio de buraquinhos, feito

queijo, e ele provou e tinha gosto de queijo. Desta vez
Paulo não só ficou sem sobremesa como foi proibido
de jogar futebol durante quinze dias.
Quando o menino voltou falando que todas as
borboletas da Terra passaram pela chácara de Siá
Elpídia e queriam formar um tapete voador para
transportá-lo ao sétimo céu, a mãe decidiu levá-lo ao
médico. Após o exame, o Dr. Epaminondas abanou a
cabeça:
- Não há nada a fazer, Dona Coló. Este menino é
mesmo um caso de poesia.

Carlos Drummond de Andrade

//Entrevista// Patrícia Moura, do Coletivo Brasil - Moda Sustentável

Abaixo uma entrevista da super Patrícia Moura sobre o Coletivo Brasil para o blog "Semente que voa":

Como e quando surgiu a ideia?

Integrei um grupo selecionado pelo Mercado Mundo Mix (SP) para uma exposição que seria uma das atrações do Festival de Inverno de Bonito (MS). Conhecendo tantas marcas bacanas, entendi que precisava fazer alguma coisa, a nível nacional, para agregar e promover artistas e marcas que têm como base a sustentabilidade. Lá mesmo lancei a ideia do COLETIVO BRASIL – MODA SUSTENTÁVEL. De Bonito, segui direto para o segundo evento, o Paraty Eco Fashion (RJ). Ouvindo palestra de grande nomes da moda sustentável nacional, me questionei , que ambiente mais fértil poderia haver para concretizar a ideia que nasceu em Bonito? Conversei com mais algumas pessoas e lá conquistamos novas adesões. De volta a Recife, apresentei a ideia para as marcas pernambucanas. Assim o grupo cresceu um pouco mais. No final de novembro de 2011, lançamos nacionalmente o Coletivo Brasil na quarta edição do Moda Recife, que teve a sustentabilidade como foco da edição de 2011.

Qual a proposta do coletivo?

A proposta é bem simples, reunir marcas que têm como base a sustentabilidade, para juntas fortalecer este novo formato de fazer moda, além da promoção de ações como capacitar e agregar grupos sociais, como é o caso do Mulheres de Fibra de Trindade (Paraty/ RJ) e do Grupo Bio Artes (Porto de Galinhas/PE), dos quais sou “madrinha” dentro do Coletivo Brasil. A sustentabilidade é um tema muito novo, e a ideia é popularizar, familiarizar a sociedade e, desta forma, contribuir para transformar o comportamento através do conhecimento.

Porque concorrentes do mesmo setor se uniriam?

Não diria que somos concorrentes, trabalhamos todos num mesmo setor que precisa ser mostrado à sociedade. Inserida numa marca, há também uma mudança de comportamento, de atitudes que entendo como uma (r)evolução nas relações de consumo. Diz respeito a quem faz, a quem usa, de onde vem, para onde vai. Juntos, somos muito mais fortes para promover e estimular a revisão de valores antigos e que não aplicam mais em tempos atuais.

Que ações o coletivo vai promover?

Neste momento estamos trabalhando na “I Mostra Nacional do Coletivo Brasil”, que acontecerá no mês de maio, em São Paulo. Além da Mostra, estamos também trabalhando em parceria com institutos e portais de moda, na realização de um concurso nacional para promover e estimular a produção de moda sustentável. Teremos duas capacitações voluntárias em comunidades carentes e um novo desfile envolvendo todas as marcas integrantes. Paralelo ao trabalho em grupo, há também o trabalho social que as marca desenvolvem em suas regiões.

O que é preciso fazer para participar?

As marcas interessadas poderão enviar e-mail apresentando seu trabalho através de texto explicativo e imagens dos produtos, que serão avaliados por uma comissão responsável pelo ingresso de novas marcas ao grupo.

Ficou curioso e quer saber quais são as marcas que abraçaram a ideia? Segue a lista dos participantes para você considerar na próxima vez em que tiver que adquirir uma roupa ou acessório.
Coletivo Brasil - Moda Sustentável

domingo, março 4

Carta da Terra


Você provavelmente já ouviu falar, mas também, muito provavelmente nunca se atentou ao seu conteúdo... pelo menos eu ainda não tinha me atentado, até hoje...


 Sua fala é a síntese do que já sabemos ser o correto para o bem do planeta... mas só agora me dei conta de como sua existência significa o alinhamento de desejos e intenções da humanidade daqui para frente, mostrando tamanha engenhosidade para trazer ao plano material uma declaração tão completa e coesa de princípior éticos fundamentais para a construção de uma sociedade global justa e pacífica, para a construção de um mundo novo e que já etá nascendo... vocês conseguem ver isso também?

Ela é resultado de uma década de diálogo intercultural, em torno de objetivos comuns e valores compartilhados e sua redação envolveu o mais inclusivo e participativo processo associado à criação de uma declaração internacional. 

OK! Mas e o que nós podemos fazer para construir este novo mundo? Nos empenharmos para viver plenamente, e na prática(!) o que a Carta da Terra diz, em casa, no trabalho e na comunidade em que vivemos. E o mais importante: multiplicar essa idéia!!

Abaixo-assinado Pela Manutenção da posse e Titulação do Quilombo do Rio dos Macacos- Bahia


Mais uma vez em nosso país, assistimos ao descumprimento dos direitos das comunidades quilombolas! O quilombo do Rio dos Macacos, na Bahia, tem data de desocupação marcada: 04/03/2012. Trata-se de pessoas que estão vivendo nestas terras há mais de cem anos, resistindo a diversas dificuldades impostas pela Marinha Brasileira. A Constituição garante, no artigo 68 das disposições transitórias, a demarcação, titulação e posse das terras ocupadas por remanescentes quilombolas, possibilitando a continuidade destas comunidades, que devem ser consideradas como a prova maior do símbolo de luta contra a escravidão, no passado, e o racismo, no presente. A Marinha do Brasil mais uma vez mostra que é uma instituição contrária aos negros, vide os exemplos da Revolta da Chibata, dentre outros. A desocupação do Quilombo de Rio dos Macacos, na Bahia, é um desrespeito aos tratados internacionais assinados pelo Brasil, a exemplo da 3ª Conferência Mundial contra o Racismo, ocorrida em Durban, na África do Sul, em 2001 a Convenção 169 da OIT, Guardadas as devidas diferenças, mais uma vez o crime cometido contra a comunidade do Pinheirinho vai se repetir. Nós, Quilombolas, Negros(as), militantes contra o racismo de todas as etnias organizados através da Frente Nacional em Defesa dos Territórios Quilombolas - nos posicionamos contra essa arbitrariedade, e chamamos a sociedade em geral , a todas as organizações do Movimento Social e Social Negro para protestar contra esse flagrante desrespeito aos quilombolas e ao povo brasileiro. Lembramos que a presidente Dilma não pode permitir que esta ação ocorra embaixo dos seus olhos, em local próximo ao escolhido por ela e outros Presidentes para passar suas férias. Não permitiremos que esta desocupação ocorra. Somos todos quilombolas, somos todos Quilombo do Rio dos Macacos!

Movimento Negro Unificado – GT de Lutas, Autonomo e Independente
Frente Nacional em Defesa dos Territórios Quilombolas.

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