terça-feira, março 29

E eu digo calma alma minha, calminha...você tem muito o que aprender..

Essa semana que não passa e eu não to me aguentando de ansiedade pra chegar sexta-feira logo! =D

Vou começar finalmente minha Pós no Instituto Orbitato ....láááá em Pomerode....lááá em Santa Catarina...rs

loucura né? talvez.... é loooonge , mas vai valer taaanto a pena!
me encantei por tudo isso aí e não vejo a hora de começar a ter aulas...
 
  Essas fotos são só pra vocês também ficarem com vontade de estudar lá....e não me acharem uma louca por completo de ir para o sul de 15 em 15 dias...rsrs

Domingo conto como foi minha 'volta as aulas'!

Aqui uma entrevista com a Celaine Refosco, coordenadora do Orbitato...onde ela fala um pouco sobre educação!

domingo, março 27

sexta-feira, março 25

o pior desemprego do mundo....

Vi esse vídeo no blog decoeuração [que eu ADORO!] e então fiquei encantada com o trabalho do artista plástico Hélio Pontes...E acabei caindo no blog desse povo do botão ...E ai que me encantei de vez!
rsrs tem um quê de Arthur Bispo do Rosário, sabe?! [que eu jah falei por aqui ]

Bom, vamos parar de blá-blá-blá e vejam o vídeo logo...


Hélio Leites from Cesar Nery on Vimeo.


Achei tão bonito quando ele falou isso ai...


“Quando a gente vai procurar o que fazer dentro da gente, acontece uma coisa incrível! A gente sempre acaba fazendo o que a gente gosta e fazer o que a gente não gosta, é o pior desemprego do mundo”
Helio Leite 

Achei bonito e fiquei pensando que tenho muita sorte em fazer todos os dias o que gosto, aliás, tenho muita sorte com todas oportunidades que estão surgindo...no trabalho, nos estudos, nas amizades...em tudo!
Ultimamente só tenho a agradecer por tanta coisa boa que tenho conquistado...
Mas é impossível estar completamente bem o tempo inteiro não é?

e como o Hélio diz... as vezes é bom ter tristezas...elas nos fazem enxergar coisas que não vemos quando estamos completamente felizes!

é normal ter algumas tristezas ou dificuldades na nossa vida, e é nessas horas que temos que agradecer, porque isso é uma super oportunidade para superarmos a nós mesmos, superarmos todas as dificuldades e contratempos que aparecem...e seguirmos melhores que ontem...

Porque são nessas horas de tristeza e desânimo que temos a chance de crescer, ampliar nossos horizontes, melhorar nossas atitudes, rever antigos conceitos, equilibrar nossos pensamentos...enfim...são nesses momentos que somos desafiados a amadurecer nosso espírito!


É verdade ou não é?

[ Esse vídeo vem de uma série de Mini-Documentários que circundam o projeto Thomás Tristonho, cujo carro-chefe é um curta-metragem de nome 'O que é tristeza pra você?". Os artistas envolvidos nele revelam suas perspectivas a respeito do tema “Tristeza”, enquanto somos apresentados aos seus traços... ]

terça-feira, março 22

F+S=?

Dica para soltar o designer que tem dentro de você:


 

Ecotece

O Instituto Ecotece é uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público – OSCIP – fundada em 26 de Setembro de 2005.
Atuamos em três frentes:

- Agência de Criação e Conhecimento
- Projetos Sociais
- Produtos ecológicos que geram renda e comunicam nossos valores.


As roupas são bens de consumo indispensáveis que podem gerar ativos ambientais e sociais.
Vestir é um ato cotidiano e assim também pode ser nossa consciência, presente diariamente.


Essa é a proposta do Vestir Consciente!

segunda-feira, março 14

esse tal de Virgulino....

Que eu gosto de cultura popular brasileira todo mundo já sabe...(tipo aqui [1] ,aqui [2] ,aqui [3] , aqui [4] e aqui  [5] ...srsrs) 

E quando o tema é Cangaço... ai eu AMO!

Sempre tive muita curiosidade sobre este tema cheio de singularidades, onde os homens faziam justiça por si mesmo, seja por vingança, por terra ou por motivos políticos...

Acrescentando a tudo isto, ainda tem todo o estilo do Cangaço, que me encanta taaaanto... a indumentária dos cangaceiros trazia uma rica carga simbólica... a roupa colorida e decorada servia de patente hierárquica no bando, despertava admiração na população e era copiada até pela polícia!

E como toda esta admiração pelo tema, fazia tempinho já que eu andava paquerando o belo livro “Estrelas de Couro: A Estética do Cangaço”, do historiador Frederico Pernambucano de Mello.

É daqueles livros que precisam ser lidos aos poucos, curtindo cada detalhe...para tirar o máximo proveito de tudo que tem lá, é daqueles livros que da até dó de folhear...de tão bonito que é... (rsrs, sou meio apegada a livros...como podem ver...)

 E só tenho uma coisa pra falar: foi uma ÓTIMA aquisição! Ele é enriquecido com 300 imagens e 160 fotografias de objetos de uso pessoal dos cangaceiros, a maior parte desses objetos é parte da coleção particular do autor e já foram expostos no Brasil e exterior.

Pernambucano, chamado por Gilberto Freyre de “mestre de mestres em assuntos de cangaço”, mergulha no universo desconhecido de sua cultura material, promovendo a leitura profunda do requinte e dos significados presentes nas peças autênticas de uso dos cangaceiros, a exemplo do signo-de-salomão, da cruz-de-malta, da flor-de-lis, do oito contínuo deitado, das gregas, de variações sublimadas da flora local, e das tantas combinações possíveis de que se valia o cangaceiro na construção de um traje que atendia à vaidade ornamental de seu brado guerreiro e a anseios bem compreensíveis de proteção mística.

Capitão Ferreira com sua Singer!
“Habitando um meio cinzento e pobre o cangaceiro vestiu-se de cor e riqueza. Satisfez seu anseio de arte, dando vazão aos motivos profundos do arcaico brasileiro. E viveu sem lei nem rei quase em nossos dias, deitando uma ponte sobre cinco séculos de história. Foi o último a fazê-lo com tanto orgulho. Com tanta cor. Com tanta festa” - Frederico Pernambucano de Mello


“Estrelas de couro, o livro que eu gostaria de ter escrito” –  Ariano Suassuna

  
->O leitor vai se extasiar diante dos enfeites dos cangaceiros, os desenhos e os bordados de suas mochilas, os vestidos das mulheres, de suas luvas, os lenços usados no pescoço, as alparcatas, suas cartucheiras, seus coldres, as perneiras, os bornais, obras em couro, em pano, em ferro e metais: punhais, facas e facões, joias, brincos, pulseiras...os panos bordados em belos coloridos.
Um belo livro, desses que pra gente ver, ler e acaricia.

sexta-feira, março 11

fica dica

Quarta-feira de cinzas, depois de um Carnaval nublado em Promissão...
fui a um programa cultural acompanhada dos lindos Vick, Flávio e Greg... =D

fomos nos Satyros II...ver Namorados da Catedral Bêbada...


Resenha: Num prédio antigo do centro de SP, no apartamento-overdose de Bárbara Bêbada,  come-se tudo: Vinhos-afrodisíacos, drogas,delícias. D.Diogo, o amante latino e milionário,  faz serenatas e oferece rosas-de-sangue. Cães-famintos e ratos-terríveis, Porcão e Gato-Bruxo, invadem o apartamento-adega; tem também um Erus-Prostituto que Bárbara vende e enriquece, Boy Marrom, seu  adolescente-orfão-brutamontes- segurança  e Sandra-Spotlight, amiga-dancística, vedete e espiã.

Elenco: Majeca Angelucci, Dionisio Neto (André Engracia), Ondina Clais, Eros Valério, Germano Melo, José Trassi e Bernardo Machado. Texto e Direção: Francisco Carlos Cenografia: Marcio Colaferro Figurino: Joana Gatis Assistente de Figurino: Renata Carrazoni Iluminação: Karine Spuri Sonoplastia:Design Gráfico: Carolina de Carvalho Ilustrações: Carlos Carah Assistente de Produção: Elisete Jeremias, Berenice Haddad e Décio Vaz Produção: Maria Manoella  e Majeca Angelucci. Pepê da Mata Machado  




-> Sabe que ainda não consegui formular uma opnião a respeito da peça.... rsrs
 por enquanto fica a dica assim...sem opniões formadas sobre nada!




sábado, março 5

Ser Brotinho

Ví esse texto no Tudo que eu queria e achei uma fofura!

 
 Ser brotinho não é viver em um píncaro azulado: é muito mais! Ser brotinho é sorrir bastante dos homens e rir interminavelmente das mulheres, rir como se o ridículo, visível ou invisível, provocasse uma tosse de riso irresistível.

Ser brotinho é não usar pintura alguma, às vezes, e ficar de cara lambida, os cabelos desarrumados como se ventasse forte, o corpo todo apagado dentro de um vestido tão de propósito sem graça, mas lançando fogo pelos olhos. Ser brotinho é lançar fogo pelos olhos.

É viver a tarde inteira, em uma atitude esquemática, a contemplar o teto, só para poder contar depois que ficou a tarde inteira olhando para cima, sem pensar em nada. É passar um dia todo descalça no apartamento da amiga comendo comida de lata e cortar o dedo. Ser brotinho é ainda possuir vitrola própria e perambular pelas ruas do bairro com um ar sonso-vagaroso, abraçada a uma porção de elepês coloridos. É dizer a palavra feia precisamente no instante em que essa palavra se faz imprescindível e tão inteligente e natural. É também falar legal e bárbaro com um timbre tão por cima das vãs agitações humanas, uma inflexão tão certa de que tudo neste mundo passa depressa e não tem a menor importância.

Ser brotinho é poder usar óculos como se fosse enfeite, como um adjetivo para o rosto e para o espírito. É esvaziar o sentido das coisas que transbordam de sentido, mas é também dar sentido de repente ao vácuo absoluto. É aguardar com paciência e frieza o momento exato de vingar-se da má amiga. É ter a bolsa cheia de pedacinhos de papel, recados que os anacolutos tornam misteriosos, anotações criptográficas sobre o tributo da natureza feminina, uma cédula de dois cruzeiros com uma sentença hermética escrita a batom, toda uma biografia esparsa que pode ser atirada de súbito ao vento que passa. Ser brotinho é a inclinação do momento.

É telefonar muito, estendida no chão. É querer ser rapaz de vez em quando só para vaguear sozinha de madrugada pelas ruas da cidade. Achar muito bonito um homem muito feio; achar tão simpática uma senhora tão antipática. É fumar quase um maço de cigarros na sacada do apartamento, pensando coisas brancas, pretas, vermelhas, amarelas.

Ser brotinho é comparar o amigo do pai a um pincel de barba, e a gente vai ver está certo: o amigo do pai parece um pincel de barba. É sentir uma vontade doida de tomar banho de mar de noite e sem roupa, completamente. É ficar eufórica à vista de uma cascata. Falar inglês sem saber verbos irregulares. É ter comprado na feira um vestidinho gozado e bacanérrimo.

É ainda ser brotinho chegar em casa ensopada de chuva, úmida camélia, e dizer para a mãe que veio andando devagar para molhar-se mais. É ter saído um dia com uma rosa vermelha na mão, e todo mundo pensou com piedade que ela era uma louca varrida. É ir sempre ao cinema mas com um jeito de quem não espera mais nada desta vida. É ter uma vez bebido dois gins, quatro uísques, cinco taças de champanha e uma de cinzano sem sentir nada, mas ter outra vez bebido só um cálice de vinho do Porto e ter dado um vexame modelo grande. É o dom de falar sobre futebol e política como se o presente fosse passado, e vice-versa.

Ser brotinho é atravessar de ponta a ponta o salão da festa com uma indiferença mortal pelas mulheres presentes e ausentes. Ter estudado ballet e desistido, apesar de tantos telefonemas de Madame Saint-Quentin. Ter trazido para casa um gatinho magro que miava de fome e ter aberto uma lata de salmão para o coitado. Mas o bichinho comeu o salmão e morreu. É ficar pasmada no escuro da varanda sem contar para ninguém a miserável traição. Amanhecer chorando, anoitecer dançando. É manter o ritmo na melodia dissonante. Usar o mais caro perfume de blusa grossa e blue-jeans. Ter horror de gente morta, ladrão dentro de casa, fantasmas e baratas. Ter compaixão de um só mendigo entre todos os outros mendigos da Terra. Permanecer apaixonada a eternidade de um mês por um violinista estrangeiro de quinta ordem. Eventualmente, ser brotinho é como se não fosse, sentindo-se quase a cair do galho, de tão amadurecida em todo o seu ser. É fazer marcação cerrada sobre a presunção incomensurável dos homens. Tomar uma pose, ora de soneto moderno, ora de minueto, sem que se dissipe a unidade essencial. É policiar parentes, amigos, mestres e mestras com um ar songamonga de quem nada vê, nada ouve, nada fala.

Ser brotinho é adorar. Adorar o impossível. Ser brotinho é detestar. Detestar o possível. É acordar ao meio-dia com uma cara horrível, comer somente e lentamente uma fruta meio verde, e ficar de pijama telefonando até a hora do jantar, e não jantar, e ir devorar um sanduíche americano na esquina, tão estranha é a vida sobre a Terra.
Paulo Mendes Campos


-Eu também queria ser brotinho! =S

quinta-feira, março 3

Ai que vida boa, ô lerê... ai que vida boa, ô lará



Vai passar nessa avenida um samba popular
Cada paralelepípedo da velha cidade essa noite vai se arrepiar
Ao lembrar que aqui passaram sambas imortais
Que aqui sangraram pelos nossos pés
Que aqui sambaram nossos ancestrais
Num tempo página infeliz da nossa história,
passagem desbotada na memória
Das nossas novas gerações
Dormia a nossa pátria mãe tão distraída
sem perceber que era subtraída
Em tenebrosas transações
Seus filhos erravam cegos pelo continente,
levavam pedras feito penitentes
Erguendo estranhas catedrais
E um dia, afinal, tinham o direito a uma alegria fugaz
Uma ofegante epidemia que se chamava carnaval,
o carnaval, o carnaval
Vai passar, palmas pra ala dos barões famintos
O bloco dos napoleões retintos
e os pigmeus do boulevard
Meu Deus, vem olhar, vem ver de perto uma cidade a cantar
A evolução da liberdade até o dia clarear
Ai que vida boa, ô lerê,
ai que vida boa, ô lará
O estandarte do sanatório geral vai passar
Ai que vida boa, ô lerê,
ai que vida boa, ô lará
O estandarte do sanatório geral... vai passar


*fotos Rioetc