quinta-feira, abril 7

Manifesto Incompleto do ING

Adorei esse manifesto....

leiam, opinem.....e reflitam: Vocês são ING?

 Manifesto Incompleto do ING [Indivíduo Não-Governamental]

Eu, indivíduo não-governamental, conhecido também por ING sou aquele tipo de pessoa que identifica um problema, acredito na minha capacidade de resolvê-lo e logo parto para a ação transformando a realidade na qual estou inserido. Cheguei para subverter boa parte das ideias do senso comum e quero lembrá-lo que a sociedade é formada por forças individuais, sem as quais nada seria possível.
Acredito que uma pequena ação pode sim contribuir com a mudança de realidades, desde realidades duras, como a de crianças vítimas de violência, a da degradação ambiental, até realidades individuais e situações aparentemente simples, como a falta de gentileza, a falta de acesso à cultura e tantas outras. Manifesto aqui a necessidade de que todos reconheçam e ativem esta força individual, com pequenas, médias ou grandes ações não governamentais típicas de um ING.

Ilumine-se!

Para Nelson Mandela, “conforme deixamos nossa própria luz brilhar, inconscientemente damos às outras pessoas permissão para fazer o mesmo.” Nada mais poderia ser tão certo para um ING. Ilumine-se!
Ser um ING é muito simples. Fundar uma ING não exige espaço físico, nem burocracias. Atitudes simples em favor do bem comum como catar bitucas de cigarro, garrafas pet e outros lixos das vias públicas por onde você passa, ou mesmo, distribuir gentileza, doar cestas básicas e até seu tempo a quem precisa, tudo isso faz de você um ING. Use a criatividade, encontre uma forma de agir e comece. Lembre que a perfeição pode ser inimiga da ação e não espere pela situação ideal para iniciar as atividades de sua ING. É muito melhor dar pequenos passos que ficar parado.

Inconforme-se!

Mais do que a convicção de que é preciso agir sem o receio de errar, acredito que para ser um ING é preciso dar ouvidos a inquietação que pulsa em meu peito diante de uma injustiça, de uma situação de desvantagem, de degradação, corrupção e tantas outras. Quando um ING percebe algo que o incomoda, antes de tudo ele pensa no que pode fazer e, sobretudo, ele faz.
Não ignoro que muitas situações são de responsabilidade dos governos, mas tenho fortes questionamentos quanto à política atual, que tanta vezes deixa de lado o bem comum para favorecer interesses individuais. Se as cadeiras do Senado, Câmara e assembléias legislativas ainda estão ocupadas por políticos que perdem tempo com mesquinharias, prefiro agir do que me lamentar. Posso mostrar que seus lugares na sociedade estão se tornando cada dia mais inúteis e que o modelo atual de política não me serve mais. Um dia chegaremos a outro modelo formado por verdadeiros INGs, que associam vontade e ação em prol do bem coletivo.

Inspire-se!

Mais do que ações pontuais, uma série de mudanças no comportamento pode ocorrer quando você decide se declarar um ING. É possível mudar a forma como nos relacionamos com o outro. Optar por ser mais honesto, mais gentil, compartilhar o tempo, enfim, uma série de escolhas pessoais, que já começam a alterar a maneira com que o indivíduo se relaciona com o mundo. Ao assumir este compromisso, sua força individual cresce e a sociedade se fortalece.
Ao olhar para os problemas e dificuldades do mundo é impossível não perceber a degradação ambiental, por exemplo. Para o ING é claro que com pequenas mudanças o mundo todo pode mudar. Optar por um consumo mais consciente, limpar a rua onde mora ou trabalha, recolher materiais nocivos e outras tantas atitudes simples, mas conscientes, marcam a relação do ING com o planeta.

Inflame-se!

Como ING, sinto-me capaz de resolver os problemas ao meu redor, mas não deixo de reconhecer que se faz necessário um modelo governamental. Porém, um novo modelo no qual o governo deve atuar como um grande facilitador e não como uma instancia distante da realidade das pessoas.
Tenho ciência que nem todos terão coragem suficiente para deixar a comodidade e paralisia do senso comum e assumir sua postura de ING. Lamento por isso, mas este manifesto se dirige às pessoas que fazem e se tornam a mudança que desejam ver no mundo. E neste sentido não existe meio termo, ou você é um ING ou é NINGUÉM.

Em resumo, o indivíduo não-governamental…

1) Deixa sua luz brilhar, ilumina-se e contagia as pessoas a seu redor;
2) Questiona sempre e não se deixa ofuscar pelo conformismo do senso comum;
3) Não perde a capacidade de se indignar diante de situações de violência, corrupção, poluição e outras tantas que encontrar por aí;
4) Percebe-se como um agente de mudança social e coloca em prática suas ideias. Dá ouvidos aos seus próprios questionamentos;
5) Mexe-se. Não fica apenas questionando, decide fazer, levanta-se e faz. Planejamento é bom, mas em excesso pode atrapalhar e até impedir suas atividades;
6) Enfrenta o medo de se posicionar como um agente transformador do mundo;
7) Compartilha suas atitudes. Sabe que seu exemplo é muito valioso;
8) Simplifica e faz o que está ao seu alcance. Muitas vezes nem começamos a fazer algo por nos acharmos pequenos perante os grandes problemas da humanidade, como a fome mundial, o aquecimento global, mas se você recolher pilhas nas ruas, doar uma cesta básica para uma família em situação de miséria já está contribuindo;
9) Deseja mais. Ao perceber o resultado positivo de suas ações, continua evoluindo com sua luz;
10) __________________ . Esta aqui é por sua conta, você vai preencher. Qual sua dica para ser um ING?
Ajude a ampliar este manifesto, divulgue esta ideia e, principalmente, seja a mudança que você quer ver no mundo.


Esse texto foi escrito pela Lillian Bento e editado por Edu Sangion do Senso Incomum. [ o original está aqui! ]

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