
Os belos Parangolés são a síntese de toda sua obra, e eram chamados por ele de “antiarte por exelência”!
Trata-se de uma espécie de capa (lembra ainda bandeira, estandarte, tenda)

Em repouso, quando estavam fechadas, lembravam "as asas murchas de um pássaro", segundo o poeta Haroldo de Campos. Bastava alguém vesti-las e abrir os braços para que se confundissem com uma "asa-delta para o êxtase", percebeu o poeta.

Vem daí o conceito principal da arte contemporânea, que coloca o espectador como peça fundamental para existência da obra de arte!
Apaixonante...
Adriana Calcanhotto - Parangolé Pamplona
O parangolé pamplona você mesmo faz
O parangolé pamplona a gente mesmo faz
Com um retângulo de pano de uma cor só
E é só dançar
E é só deixar a cor tomar conta do ar
Verde
Rosa
Branco no branco no peito nu
Branco no branco no peito nu
O parangolé pamplona
Faça você mesmo
E quando o couro come
É só pegar carona
Laranja
Vermelho
Para o espaço estandarte
"Para o êxtase asa-delta"
Para o delírio porta aberta
Pleno ar
Puro Hélio
Mas
O parangolé pamplona você mesmo faz